Uma atividade cada vez mais intensiva em conhecimento e com uma crescente responsabilidade social, face à sua ligação à segurança alimentar e nutricional, à saúde e ao bem-estar, ao desenvolvimento dos territórios mais fragilizados e à gestão sustentável dos recursos naturais. É ao Engenheiro Agrónomo que cabe a responsabilidade, e o dever, de promover uma Agronomia baseada no conhecimento científico, técnico e empírico, impulsionando esta atividade económica, de forma mais competitiva, sustentável e resiliente, com ética e no cumprimento dos códigos deontológicos. Neste sentido, a Ordem está empenhada na revisão e regulamentação dos atos próprios da engenharia agronómica e em promover uma maior ligação à sociedade e à economia.
Vivemos hoje num ambiente de grandes mudanças. Uma nova geoeconomia com novos fluxos comerciais de produtos agrícolas, choques globais mais intensos a que a Agronomia tem de dar resposta, uma transição digital que vai mudar drasticamente o mercado de trabalho, toda a economia e a organização da nossa vida, uma transição climática onde a agricultura está no centro, pelos efeitos que sofre, pelo seu papel na mitigação desses efeitos e na descarbonização, assim como na bioeconomia circular. Estes processos de transição exigem muita competência, responsabilidade e profissionalismo, tornando-se fundamental uma especial atenção à formação e atualização ao longo da vida, ao acompanhamento dos percursos profissionais dos engenheiros e das condicionantes à sua atividade profissional, ganhando especial importância a colaboração com as instituições de ensino superior, de investigação e de interface.
A visão da agricultura está a mudar. O Engenheiro Agrónomo tem também de voltar a estar mais presente, com a excelência que a sociedade lhe exige e o prestígio que merece.