Os materiais estão no nosso quotidiano, promovendo as tecnologias que sustentam a economia, sociedade, saúde e a vida. Da nanotecnologia aos materiais cerâmicos (estruturais e funcionais), polímeros, da metalurgia aos biomateriais, os materiais possibilitam o funcionamento de dispositivos, máquinas e serviços em todos os setores, garantindo a sua durabilidade, compatibilidade e sustentabilidade ambiental.
Com uma forte base de investigação científica e tecnológica marcadamente multidisciplinar, promovendo as inovações que vêm alterando vários paradigmas, a Engenharia de Materiais não deixa sua a matriz essencial de procurar compreender, caracterizar, sintetizar, transformar, modelar e utilizar materiais em aplicações de valor económico viável. Face aos desafios da transição climática, da digital, numa lógica de serviço à sociedade e de afirmação da sua especialidade, os Engenheiros de Materiais têm igualmente de saber responder aos desafios da capacitação e formação ao longo da vida.
Aliando o impacto das tecnologias emergentes às necessidades nacionais, europeias e globais; a utilização de recursos que podem ser contingentes; matérias primas nacionais ainda por valorizar, a mobilização dos investimentos adequados à atividade técnica e industrial, o papel da Engenharia de Materiais é central na nova economia circular, descarbonizada, assente na eficiência energética, hídrica e material.
Queremos liderar o caminho da valorização da economia produtiva, nomeadamente no preconizado no Plano de Recuperação e Resiliência no que respeita a reconversão industrial e a re-industrialização (4.0), com a criação do cluster do hidrogénio, o progresso do cluster das energias renováveis, o desenvolvimento de alguns recursos minerais estratégicos, a fabricação aditiva ou fabricação baseada na biologia, para citar somente algumas que estimularão um mercado de trabalho crescente e crescentemente qualificado.