Caras e caros colegas,
Como todos saberão, acaba de ser declarado o estado de emergência com fundamento na verificação de uma situação de calamidade pública devido a uma emergência de saúde decorrente do crescimento do número casos originados pela pandemia COVID-19 em território nacional.
Neste momento de invulgar gravidade na história do nosso país, é meu dever dirigir-vos uma palavra de solidariedade, de preocupação, desejando que tudo nos corra da melhor forma.
É já sabido que, independentemente do prazo de tempo em que este regime constitucional de exceção se mantiver, após este período, a pandemia não estará solucionada, pois o que se pretende é fazer decrescer a taxa exponencial do seu crescimento ao evitar a possibilidade de contágio.
Esta é uma obrigação de cada um de nós enquanto atores fulcrais na atividade do país.
Assim, todos temos de estar conscientes da gravidade e da incerteza da situação que, com maior ou menor proximidade, abalará cada um de nós e que terá efeitos devastadores na economia nacional e internacional.
Esta, para além da saúde, também é a minha grande preocupação, pois todos ainda temos na nossa memória as dificuldades e tudo o que passámos durante quase uma década na sequência da crise financeira, situação da qual, em boa verdade, ainda estávamos a sair.
Daí, a minha apreensão com o presente, mas sobretudo com o futuro próximo, quando muitas empresas encerram, quando famílias inteiras estão em risco de perder o seu trabalho, num quadro em que os vínculos precários serão os mais afetados, o que particularmente atingirá os profissionais mais jovens.
A Ordem dos Engenheiros dentro das competências estatutárias que lhe estão atribuídas, estará pronta e disponível para ajudar e apoiar os seus membros.
Como já referi no Comunicado que foi difundido no passado dia 16, a Ordem dos Engenheiros pela responsabilidade que detém na sociedade e enquanto representante de 56.000 profissionais com elevadas competências técnicas, embora condicionadas nesta situação, disponibiliza-se para apoiar o Governo e as demais autoridades no que for considerado de interesse nacional e que contribua para a salvaguarda da saúde pública e para a redução de riscos para a economia.
Também endossamos uma mensagem de agradecimento a todos os profissionais de saúde que tudo têm feito para atenuar as consequências deste nefasto acontecimento global.
Resta-me desejar-vos, o que estendo às vossas famílias, que este período seja curto e sem consequências para aqueles que nos são próximos, e que rapidamente possam voltar a existir condições que permitam a estabilização da economia e dos empregos.
Com estima, envio um fraterno abraço
Carlos Mineiro Aires
Parceiros Institucionais