Para além da posição assumida
conjuntamente pela Ordem dos Engenheiros e Ordem dos Economistas em 27 de
janeiro de 2023 sobre Alta Velocidade Ferroviária, estas APPs defendem
estrategicamente para Portugal, seja na dimensão económica, técnica, de coesão
territorial e ligações transfronteiriças, o seguinte:

Distinção clara entre Alta Velocidade,
exclusivamente para passageiros e Velocidade Alta, também para passageiros, mas
utilizável para mercadorias.

A Alta Velocidade Porto-Lisboa, deve ser
assumida como uma ligação ferroviária entre cidades e não um apêndice de
mobilidade urbana, pelo que deve ser uma linha direta. Tal não invalida, uma eventual
ligação indireta em Velocidade Alta, entre a linha principal e o NAL.

Sem ser tema central, seria preferível desde já assumir
a bitola europeia em detrimento da bitola ibérica, assegurando-se a integração
plena e imediata das redes europeias, devendo ser os equipamentos de transporte
a adaptar-se à linha e não o contrário.

Partindo do pressuposto que a linha de Alta Velocidade
espanhola no eixo central de Portugal (Madrid-Salamanca-Fronteira) está a 160km
(não será transformada em linha de Alta Velocidade, mas tão só eletrificada),
deve privilegiar-se o seguinte, no curto/médio prazo:
- Ligação de Alta Velocidade Lisboa-Madrid por
Évora-Badajoz;
- Ligação de Alta Velocidade Porto-Bragança-Zamora
(40 km para além da fronteira)
- Linha de Alta Velocidade Porto-Braga-Vigo;
- Linha de Velocidade Alta, ou apenas
eletrificada, para passageiros e mercadorias entre o eixo central de Portugal e
a fronteira de Vilar Formoso, com ligação a Salamanca.
As duas Ordens Profissionais
mantêm a disponibilidade para interagir com o(s) decisor(es) público(s) e
político(s), quer durante o processo de avaliação estratégica das soluções que
venham a ser consideradas, quer no processo de implementação das soluções que
melhor defendam o interesse nacional.
Lisboa, 29 de outubro de 2025