A história da Ordem dos Engenheiros nos Açores inicia-se em 1979, com a criação da comissão instaladora que esteve sob a responsabilidade do Eng.º Jaime Martinho Ferreira Meireles.
Das diligências tomadas na altura resulta a entrega ao Conselho Diretivo Nacional, a 30 de junho de 1983, de documento que manifestava o interesse da criação da Sessão Regional dos Açores da Ordem dos Engenheiro, documento que foi subscrito por 79 engenheiros residentes nos Açores.
Mais tarde, a
por decisão tomada, 6 de abril de 1984, numa reunião de engenheiros licenciados
que foi determinado que a criação de órgãos próprios regionais da Ordem dos
Engenheiros iniciavam-se com a criação de uma Delegação Regional para que, mais
tarde, com experiência adquirida, se passasse a Secção Regional.
Coube a esta comissão instaladora dar os primeiros passos para a criação da Delegação dos Açores da Ordem dos Engenheiros que ocorreu em 19 de junho de 1984 com a tomada de posse dos primeiros membros eleitos para o mandato 1984 – 1988.
As instalações da Ordem dos Engenheiros nos Açores ficaram sediadas nas instalações da Secretaria Regional do Equipamento Social até 1988 sendo que, a partir daquele ano, passaram para o edifício da Secretaria Regional de Agricultura e Pescas, em São Gonçalo, na atual localização Laboratório Regional de Engenharia Civil.
A partir de 1988 foi constituída formalmente a Sessão Regional dos Açores da Ordem dos Engenheiros tendo a tomada de posse ocorrido a 11 de abril, para o mandato de 1988 – 1992, com o Eng.º Emiliano Manuel Arruda de Castro Carneiro como Presidente e que se manteve num segundo mandato, de 1992 – 1995 cuja tomada de posse ocorre a 23 de novembro de 1992.
A 30 de março de 1995 tomam posse os membros da Secção Regional dos Açores da Ordem dos Engenheiros para o mandato 1995 – 1998 liderados pelo Eng.º António Clemente Pereira da Costa Santos.
Os próximos dois mandatos são liderados pelo Eng.º João Pedro Baldaia Paim Vieira sendo que as respetivas tomadas e posse ocorreram a 24 de março de 1998 e a 23 de fevereiro de 2001.
A presidência da sessão Regional dos Açores da Ordem dos Engenheiros passa a ser liderada pelo Eng.º António da Câmara Homem de Noronha nos mandato 2004 - 2007 cuja tomada de posse ocorreu a 27 de abril.
Com a oportunidade de adquirir um prédio existente, sito no Largo de Camões, lugar nobre no coração da cidade de Ponta Delgada, a Ordem dos Engenheiros propôs-se levar a cabo, naquele espaço, um projeto de requalificação urbanística relevante, Num edifício recuperado tem mais de cem anos de história, tendo sido alfaiataria no início do século XX e posteriormente uma farmácia. Nesta casa cresceu o Dr. Mário Mesquita, ilustre açoriano, professor, jornalista, tendo sido Diretor de alguns dos principais jornais nacionais, entre os quais o Diário de Notícias, e membro do Conselho Executivo da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.
A Arquitetura e a Engenharia juntas souberam preservar o valor patrimonial e histórico do edifício e a traça da moradia. No seu interior, soluções mais contemporâneas trouxeram modernidade e conforto ao espaço. É o azul céu que predomina na fachada do nº 23 do Largo da Camões, e uma combinação de cores que remete para a paleta de tons habitualmente utilizada nos século XVIII e XIX. No interior do edifício, a nobreza da madeira equilibra a decoração minimalista.
"O homem sonha e o Engenheiro constrói " diria anos mais tarde, por ocasião da cerimónia de inauguração da nova Sede da Secção Regional dos Açores da Ordem dos Engenheiros, o Eng. Paulo Moniz, à data Presidente e, justiça seja feita, o grandes impulsionador desta obra de recuperação que foi, entre outros objetivos a cumprir, uma das mais veementes promessas da sua candidatura.
Parafraseando o Fundador e primeiro Presidente da Ordem, é então oportuno reforçar o convite: " Depois de obra feita, é então hora de dizer aos os colegas Engenheiros, que vivam ou estejam de passagem pela Ilha de São Miguel, que façam o favor de bater à porta, e entrar!"
Pela Lei n.º 123/2015, de 2 de setembro, são publicados os novos estatutos da Ordem dos Engenheiros nos Açores passa a denominar-se Ordem dos Engenheiros Região Açores, passando a ser constituídas pela Mesa da Assembleia Regional, Conselho Diretivo, Conselho Fiscal e Conselho Disciplinar, Conselhos Regionais de Colégio.
O Presidente da Região Açores passou a integrar o Conselho Diretivo Nacional, por via das alterações dos estatutos, assim como o Presidente da Mesa da Assembleia Regional passou a integrar a Assembleia Magna e a Assembleia de Representantes, assim como os Coordenadores dos Conselhos Regionais de Colégio passaram a integrar os respetivos Conselhos Nacionais de Colégio, mudando bastante o panorama e a intervenção da Ordem dos Engenheiros nos Açores.
A 19 de maio de 2016 tomam posse os membros da Ordem dos Engenheiros Região Açores para o mandato 2016 – 2019, com o Eng.º Paulo Alexandre Luís Botelho Moniz como primeiro presidente da Região Açores, tendo-se candidatado a um segundo mantado, de 2019 – 2022, cuja tomada de posse ocorre a 19 de março.
Durante o mandato de 2016 – 2019, o Eng.º Paulo Alexandre Luís Botelho Moniz apresenta o seu pedido de suspensão de funções por forma a candidatar-se a deputado da Assembleia da República em representação dos Açores. Passa a assumir as funções de Presidente em exercício a Vice-presidente eleita, Eng.ª Teresa Soares Costa, à data a primeira mulher a assumir a presidência de uma Região da Ordem dos Engenheiros.
A 13 de novembro de 2021 é inaugurada a primeira delegação insular da Região Açores, na ilha Terceira, tendo sido nomeada uma Comissão Instaladora até que a Delegação Insular da Ilha Terceira tivesse membros eleitos.
A 28 de março de 2022 toma posse como Presidente da Região Açores a Eng.ª Teresa Soares Costa, com a maior equipa até à data eleita. Na sequência da sua eleição, Eng.ª Teresa Soares Costa, a par com a Região Centro, passa as ser uma das duas primeiras presidentes Regionais da história da Ordem dos Engenheiros.
A 19 de janeiro de 2024 é publicada a Lei 11/2024 que procede à segunda alteração ao Estatuto da Ordem dos Engenheiros, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 119/92, de 30 de junho, alterado pela Lei n.º 123/2015, de 2 de setembro, adequando-o ao disposto na Lei n.º 2/2013, de 10 de janeiro, que estabelece o regime jurídico de organização e funcionamento das associações públicas profissionais, na redação que lhe foi dada pela Lei n.º 12/2023, de 28 de março.
As alterações aos estatutos em vigor veio originar novas alterações à constituição dos órgãos regionais. Os Conselhos Regionais de Colégios deixam de existir, passando a dar lugar à eleição de um vogal dos Conselhos de Especialidade que apenas têm funções a nível Nacional, assim como a consideração de uma personalidade, não Engenheiro, que passa a integrar o Conselho Disciplinar Regional.